segunda-feira, 14 de junho de 2010

Filhos: Se não tê-los como sabê-los?

Esse ditado não poderia ser mais verdadeiro.


Sou mãe de dois filhos, um de 8 anos e o outro com 1 ano. Dois meninos completamente diferentes um do outro, mas muito parecidos!

Eles são carinhosos, amáveis, mas o comportamento um do outro difere na personalidade de cada um.

O mais velho é calmo, não arruma briga, é mais fechado, sente necessidade do carinho e o procura de alguma forma a não demonstrar que está.

O mais novo também é calmo, mas se por acaso acontecer algo que não está de acordo com o que imagina, na cabecinha de uma criança de um ano, ele mete bronca!

Não sou expert no assunto mãe, mas amo muito essas duas criaturinhas iguais e diferentes entre si. Cada um tem um sorriso, um modo de pedir as coisas, de demonstrar os seus sentimentos, e me vejo em cada um deles, sem distinção! E vejo muito do pai deles também, pois meu marido é o homem mais calmo do mundo, acho até que nem o Buda tem mais paciência do que ele.

O sentimento mais maravilhoso do mundo, pra quem ama os filhos, é saber que eles serão aquilo que nós, pais e mães, ensinarmos à eles.

Meu filho mais velho é tão atento que me chama a atenção se faço algo no trânsito que por acaso reclamei de outra pessoa. Num desses dias estava fazendo uma conversão a direita e vi que não havia nenhum carro atrás e não dei sinal que ia entrar, foi então que escutei ele lá atrás: “né mãe que quando não vem carro a gente não precisa dar sinal?”. Nossa fiquei sem chão! Expliquei a ele que sim, precisa dar sinal avisando que você vai fazer alguma conversão, mas ele não se fez de rogado: “então porque você não deu sinal?”. Foi então que percebi que se eu mentisse estaria moldando-o para fazer coisas erradas, coisas que as outras pessoas fazem e que eu reclamo! Aqueles pequenos detalhes no trânsito tais como gentileza, calma, tranqüilidade, ceder a vez, que fazem com que o nosso dia seja mais calmo.

Cuido muito mais hoje quando vou fazer algo no trânsito!

Será que tudo aquilo que fizemos e dizemos no passado (principalmente quando éramos crianças), se torna realidade quando temos os nossos filhos? Eu dizia muito: “Eu não pedi pra nascer!”. Nossa que frase ruim pra se dizer aos pais não é? Pois é, morro de medo de ouvir isso! Não quero nem imaginar que um deles um dia se vire pra mim e me diga que não pediu pra nascer, porque eles vão ter razão. Quem quis trazê-los ao mundo fomos nós pais, que querendo ou imaginando estar fazendo o melhor, traz a este mundo insano, para que eles cresçam, aprendam, sorriem, chorem e sofram com todos os percalços que a vida nos reserva. Além do que, tudo o que eles passarem serão conseqüências daquilo que passarmos a eles.

E se eu estou ensinando meu filho a ser uma pessoa melhor, automaticamente eu me torno uma pessoa melhor.

Beijos e até a próxima

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